"Esse blog foi criado devido a intolerância da equipe do FACEBOOK segundo eles as imagens eram de "conotação e incentivo sexual" e críticas homofóbicas de alguns perfis do mesmo, como falo de amor e não de sacanagem me reservo o direito de não me calar."



terça-feira, 1 de maio de 2012



















O MITO DA PROMISCUIDADE GAY
Um texto de Augusto Treppi 


Pois é gente, claro que todo mundo já ouviu milhares de vezes a crítica quanto à promiscuidade dos gays. E claro também que já cansou de ouvir isso da boca de outros gays. Aqueles sabe, que pregam que a culpa pelo preconceito é das próprias bibas, porque elas não se dão ao respeito, não são "discretas", como convém aos héteros, mandatários do mundo e ditadores do comportamento alheio. A velha história, existem muitos defensores de um "jeito certo" de ser gay.

Vamos ao mito, injusto, diga-se de passagem. 

Dizem que gays só pensam em sexo. Tá, e os héteros, pensam em quê? O povo não lota show de axé, carnaval, balada e tudo mais pra ficar contando quantos (as) beijou, ou "pegou" na noite? E nos tais "churras", ouvindo sertanejo universitário, qual é o assunto preponderante na roda dos caras, sejam eles barrigudos de cerveja ou saradinhos de academia?

Ok, vamos fazer uma separação aqui, entre homens e mulheres. Homens, sem dúvida, são mais promíscuos, ou sei lá, mas dispostos em relação a sexo. Até hoje ainda são, mesmo com todas as mudanças comportamentais de gênero que a gente vê. E o gay, masculino, é o quê? Acho a maior graça, ou melhor, falta de, quando alguém fala: Fulano não é gay, é homem. É, se a pessoa não for homem, e se interessar por outro homem, não faz sentido nem o termo HOMOssexual, né não?

Bom, essa diferença a gente vê no universo homo também. Pensa bem, se o homem é o promíscuo, quando junta com a mulher, que não é, ou é menos, dá uma média no somar e dividir por dois o grau da promiscuidade. Agora, quando junta dois homens, onde é que essa média vai parar? Daí a visão, injusta, que se tem da promiscuidade gay, que nada mais seria que a promiscuidade masculina, seja lá qual a orientação sexual do sujeito.

Pra ilustrar, uma piadinha de lésbicas, que só vem confirmar o fato: O que uma lésbica leva no segundo encontro? O caminhão de mudança. Claro, são mulheres, e como tal têm o comportamento mais ou menos genérico de mulheres, independente da orientação sexual.

Como estamos aqui no Mundo de Treppi, vou relacionar também este tema com meus bastidores literários. Quando eu estava para lançar o meu primeiro livro, DOMINAÇÃO (à venda com frete grátis na loja www.comprelivrosgls.com.br), o editor, incentivado por mim, já pensava em uma carreira. Editor hétero, com sócio hétero, o único gay ali na história era o autor. Pois este cara, do alto de sua experiência, me dizia textualmente que eu precisava começar a escrever erotismo hétero, pois o público seria muito maior e as chances de deslanchar a carreira incomparavelmente mais favoráveis.

Então, quem é o promíscuo? Passou da hora de derrubar mais esse mito, convenientemente utilizado para denegrir a imagem de quem tem, como única diferença, a escolha de parceiros para transar ou amar.



AMOR
(Um texto de Paulo Coelho)

Segundo o dicionário: do Lat. Amores, s. m., viva afeição que nos impele para o objeto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração; afeição; paixão; inclinação exclusiva; graça teologal.

No Novo Testamento: Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (Cor 13:13)

Segundo a etimologia: os gregos possuíam três palavras para designar o amor: Eros, Philos e Ágape. Eros é o amor saudável entre duas pessoas, que justifica a vida e perpetua a raça humana. Philos é o sentimento que dedicamos aos nossos amigos. Finalmente, Ágape, que contem Eros e Philos, vai muito mais longe do fato de “gostar” de alguém. Ágape é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Para os católicos, este foi o amor que Jesus sentiu pela humanidade, e foi tão grande que sacudiu as estrelas e mudou o curso da história do homem. Quem conhece e experimenta Ágape, vê que nada mais neste mundo tem importância, apenas amar.

Para Oscar Wilde: A gente sempre destrói aquilo que mais ama / em campo aberto, ou numa emboscada; /alguns com a leveza do carinho / outros com a dureza da palavra; / os covardes destroem com um beijo, /os valentes, destroem com a espada.(in Balada do Carcere de Reading, 1898)

Em um sermão no final do século XIX: Derrame generosamente seu amor sobre os pobres, o que é fácil; e sobre os ricos, que desconfiam de todos, e não conseguem enxergar o amor de que tanto necessitam. E sobre seu próximo – o que é muito difícil, porque é com ele que somos mais egoístas. Ame. Jamais perca uma oportunidade de dar alegria ao próximo, porque você será o primeiro e se beneficiar disto – mesmo que ninguém saiba o que você está fazendo.Eu estou neste mundo vivendo o presente. Qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou qualquer alegria que puder dar aos outros, por favor, digam-me. Não me deixem adiar ou esquecer, pois jamais tornarei a viver este momento novamente. ( in O Dom Supremo, Henry Drummond [ 1851-1897])

Em uma mensagem eletrônica recebida pelo autor : “enquanto guardei meu coração para mim mesma, jamais tive qualquer manhã de angústia ou noite de insônia. A partir do momento em que me apaixonei, minha vida tem sido uma seqüência de angústias, de perdas, de desencontros. Penso que, usando o amor, Deus conseguiu esconder o inferno no meio do paraíso” (C.A., 23/11/2006)

Para a ciência: no ano 2000, os pesquisadores Andreas Bartels e Semir Zeki, do University College de Londres, localizaram as áreas do cérebro ativadas pelo amor romântico, usando para isso uma série de estudantes que diziam estar perdidamente apaixonados. Em primeiro lugar, concluíram que a zona afetada pelo sentimento é muito menor que imaginavam, e são as mesmas que são ativadas por estímulos de euforia, como no uso da cocaína, por exemplo. O que levou os autores a concluírem que o amor é semelhante à manifestação de dependência física provocada por drogas.

Também usando o mesmo sistema de escanear o cérebro, a cientista Helen Fisher, da Rutgers University, conclui que três características do amor (sexo, romantismo, e dependência mútua) estimulam áreas diferentes no córtex; concluindo que podemos estar apaixonados por uma pessoa, querer fazer amor com outra, e viver com uma terceira.

Para um poeta: O amor não possui nada, e nem quer ser possuído, porque ele se basta a si mesmo. Ele irá vos fazer crescer, e depois os atirará por terra. Vos açoitará para que sintais vossa impotência, vos agitará para que saiam todas as vossas impurezas. Vos amassará para deixar-vos flexíveis.

E logo vos atirará ao fogo, para que possais vos converter no pão bendito, que será servido na festa sagrada de Deus (in O Profeta, de Khalil Gibran, [1883-1931] )


Nunca se apaixonem por um poeta =(